Crise. Todos conhecem seus aspectos e seus efeitos, mas pouco se discute sobre suas causas. Sabemos que crises político-institucionais são os principais precursores de crises econômicas e seus reflexos sobre mercados internos e externos. Esfriam ânimos, congelam investimentos, cortam despesas, desestabilizam receitas e praticamente aniquilam competitividade. Todos tendem a sair combalidos de uma crise... se saírem. Mas temos que rever nossa própria participação nesse quadro. O quanto deixamos de mudar - culturamente e atitudes - para nos 'descolarmos' de efeitos danosos no cenário institucional e seguirmos em frente mesmo que com desafios complexos a vencer. Assintomaticamente, costumamos produzir nós mesmos, uma crise de empreendedorismo. E não nos referimos a 'empreendedorismo' de pequenas empresas e profissionais liberais apenas. Refere-se a todo tipo de organização produtiva que deveria ter a capacidade de se organizar taticamente e adotar esforços  no sentido de 'empreender' mudanças e aumentar sua competitividade. Todos sabem como estão durante a crise, mas poucos se perguntam 'onde querem estar quando saírem dela'. Se competitivos ou atrás da concorrência. "Perder algum peso" pode ser importante, mas se isso não o tornar mais ágil, a crise interna pode se prolongar além da crise externa. E isso pode ser fatal. Por incrível que possa parecer, um momento de crise costuma ser o melhor momento para se ganhar 'agilidade e musculatura', nunca se deixando estagnar e sim investindo de forma otimizada com recursos orçamentários que podem ser limitados nesse momento. Basta lembrar que ninguém vence grandes desafios sozinhos.
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E então? Vamos fazer desse próximo ano, um ano realmente melhor? Vamos começar acelerando e juntos?